1. |
Uma Forma de Começar
03:52
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Bem que te avisei
Que era só uma forma de começar
Sem nunca esconder
Que me quero perder
Mais do que me quero encontrar
Agora é tarde para pensar
Tão tarde que cedo não vou voltar
A ti
A nós
Nada vai mudar em mim
O meu tempo é o meu medo
Uma forma de acreditar
Em ti
Em nós
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2. |
Já É Tarde
03:30
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Já é tarde
Não me apetece fazer nada
Não me apetece sair
Se me faço à estrada
Caio numa vala
Deixo-me adormecer
Com figura de bêbado
Cara a empalidecer
Tragam-me um copo vazio
E deixem-me falecer
Lá fora a rua é difícil
Apontam facas aos dentes
E encostam-nos à margem
Eu hei-de morrer contente
E com pouco na bagagem
Levo só o que ficou
Na memória da paisagem
O que restou do tempo
Que o vento não levou
Lavo daqui as minhas mãos
Desta terra de miragens
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3. |
Impaciência
04:21
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Toda a vida olhei o mundo
Com impaciência
Procurei ter uma alma pura
Uma história autêntica
Para uma morte
Em cumplicidade secreta
Com as memórias que albergas
Marginalidade não é o lugar
Para aqueles que pretendem mergulhar
Nas profundezas da sociedade
Ia contar muitas histórias
De tudo o que vivi
Mas já estou cansado
E o passado é maior assim
É tempo de voltar as costas à escuridão
De abraçar o medo
Mas sem perder o consolo da inquietação
Da liberdade
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4. |
Quem Regressa
04:39
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Nem tudo é razão
Nem tudo é paixão
E medo
E o frio
Existe no calor
A dor lhe faz o cerco
Nem tudo é alegre
Nem tudo triste é
Tudo ausência
Quem regressa
Traz o odor do mar
Para lembrar
O porte do amor
Quando bate
Quando bate
À porta do dia
Pela singela aurora
E nada demora
E toda a frase morre
Se algo nela se move
E o mundo se comove
E a alma se renova
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5. |
Truque
06:06
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Tenho os cabelos em pé
Não sei onde acordei
Fiquei-me a olhar para ti
A quem me entreguei
Penso na vulgaridade do amor
A vida é mais que tanta dor
Dá espaço ao ar que te rodeia
Não és o espelho
Das manhãs de toda a gente
Que vai e que vem
Sem saber qual o lugar
Ideal para ficar
Dá corda aos teus sapatos
Dá vida à luz que há em ti
O desejo - o que nos move -
É o truque
Para sobreviver a ti
Para sobreviver a ti
E é da sombra que nasce
É da noite
E de tudo o que perdi
Eu perdi o lugar
Perdi o lugar
Não escrevas um mundo
Que supere a tua altura
Não existe verdade alguma
Não invejes os olhos de ninguém
De ninguém
Sê por cima de tudo
Vai nua orgulhosa e triunfante
Não invejes os olhos de ninguém
De ninguém
Alguém te fará acontecer
Mas aprende a amar com desdém
Serás para mim uma noite
Uma bela noite
Sabida de cor
Por mais ninguém
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6. |
Matilha
04:02
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Ao cheirinho agradável de outros tempos
Feito à base de relações e de fumo
A prever as imagens do futuro
Saciados à margem do mundo
Tudo outra vez
Sou capaz
Ao esquecimento saudável de outros tempos
Quando às vontades se enchiam as medidas
E os rapazes falavam de meninas
E aplaudiam à sua passagem
Tudo outra vez
Sou capaz
Sou capaz de repetir tudo outra vez
Sou capaz de aceitar tudo o que fiz
Sou capaz de me voltar a encontrar
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7. |
Barco
05:18
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Olha o barco já partiu
Quem ficou foi quem não o viu
Os que foram tardaram a voltar
Porque o mar os fodeu
Nem a idade afasta a saudade
O mar tirou-lhes a liberdade
Os que foram tardaram a voltar
Porque o mar
O mar
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8. |
Será Que Gira
01:19
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Eu não sei se o mundo gira à volta dele próprio
É que gira gira gira gira até ficar tonto
Será que gira ou não
Será que gira ou não
Será que gira ou não
É que gira sim senhor
É uma flor primaveril que encanta multidões
É uma diva digna de ser musa de Camões
Será que gira ou não
Será que gira ou não
Será que gira ou não
É que gira sim
Será que o mundo gira à volta dela
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9. |
A Vida é Bela
04:23
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Sabes ou não
Que no outono as folhas começam a cair
Que o vento as árvores faz despir
Que ver-te nua me dá satisfação
A vida é bela
Deixa as folhas cair
Eu quero ter-te nua aqui
Sabes ou não
Que o outono persegue o inverno
Como eu persigo o teu lado terno
Que não consigo penetrar
A vida é bela
Deixa as folhas cair
Eu quero ter-te nua aqui
A vida é bela
A vida é bela
A vida é bela
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10. |
Claridade
03:57
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Vai nuvem negra
Deste céu fora
Arrasta o medo
Vai embora
Vem noite escura
Sobre a cidade
Quanto dura
A claridade
E na penumbra
Espero
Pela ternura
De um beijo
A mim
Que espero por ti
Quero também por fim
Acendo um sopro no peito
Ser um sono perfeito
Ser só um sono perfeito
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Les Saint Armand Porto, Portugal
Assumindo o português, privilegiando o valor da palavra e uma essência acústica, a sua música tem raízes no folk e na canção de autor de dimensão coral.
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